quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Novos Tempos!

Depois de muito tempo sem escrever, venho aqui, motivado pelos emails de Natal que recebi dos amigos mais proximos. É aquele sentimento de esperança e renovação. Aquela coisa do Natal.


Sentimento de que mais momentos inesquecíveis estarão por vir. Tempo de mudança, porque quem pára, não alcança. E mudança tem dança no meio. Então nada melhor que a mudança para quem dança.


Fica aqui um ótimo Natal a todos os amigos que fazem parte da minha vida e aos amigos dos amigos. Lembrando que o Natal é muito mais que uma grande ceia, é tempo de reflexão, de renovação.


E pensar também que vem mais um ano por aí. Um pentagrama em branco, pronto para a escrita de novas melodias. Vamos nos arriscar nas semibreves e deixar um pouco de lado as semifusas. Vamos escrever de vermelho o que normalmente escrevemos de azul.


A idéia é ser feliz e só, não deve ser difícil.




p.s.: Eu fui apresentado a Jorge Macchi através da Cacá e ela também me mostrou um trabalho que agora não sei de quem é, mas inspirado nele deixo a todos que lêem o blog e acompanham a melodia da minha vida:

Desejo que todos o seus desejos se realizem...

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Em uma aula de Dança de Salão...

A motivação em postar mais algumas reflexões sobre corpo, dança e proxêmica, veio de uma aula de Dança de Salão (DS) em que eu e a professora Lidiani ouvimos de uma aluna (no caso a Débora) a sonora frase: eu queria melhorar o meu corpo.
A partir daí a aula já estava encaminhada num assunto que, "haja manga pra tanto pano"... Aula esta que teve direito a continuação na Cantina do Vinho e nas caronas até a casa de cada um.

Então, com base na sonora frase da Débora foram inevitáveis algumas reflexões. Que corpo é esse que ela quer melhorar? Eu posso melhorar um corpo? Melhorar em quê?
Bem, nessa aula (de Dança de Salão, mais especificamente de Samba de Gafieira) apontamos dois possíveis caminhos para alcançar tais expectativas, o corpo externo (o corpo que aparece e sabe que é observado e visto) e o corpo interno (aquele que sente e se relaciona com o parceiro). Acabamos por escolher este último.

Ao dançar com alguém (lembrando que estamos falando de DS, mas poderíamos talvez estender para o contato e improviso) estamos mantendo contato com ela, seja na distância íntima (ver Proxêmica) com o contato corporal e até mesmo em outras distâncias, através de gestos, fala e olhares.
Esse alguém é de carne e sonho, e desprezar seus sentimentos, suas angústias, sua expressividade e suas necessidades é jogar a dança no lixo. E para entender o corpo do outro é preciso "penetrá-lo".
Quando danço com alguém eu sempre penso em "penetrar" parte do meu corpo nessa pessoa. E é claro que é preciso deixar de lado a malícia da palavra, porque o fator penetrante da dança diz respeito a dividir os mesmos espaços, e claro, dividir emoções. Se a matemática da DS diz que 1 + 1 = 1, posso ainda arriscar que, para mim 1 + 1 = 1,5. Sendo que 0,5 é o fator penetrante da dança, é a parte que temos em comum, o restante é parte da individualidade de cada um.
Esse conteúdo nada mais é do que o desenrolar daquilo que o Luiz e a Catarina já haviam falado há tempo. Eu sou um corpo que ao entrar em contato com outro me modifico para poder entendê-lo. Mas como vou fazer isso?


Eu sinto e é fácil de qualquer pessoa perceber isso. Por exemplo, quando você abraça uma pessoa e esta te recebe com suas articulações dos braços e coluna bloqueadas. Por mais que tu venhas com todo o amor do mundo é impossível "penetrar" nessa pessoa, dessa forma é impossível conhecê-la, impossível dividir emoções. Entretanto ao soltar um pouco mais as articulações (principalmente rombóide e coluna) ao abraçar alguém de mesma intenção, seja para dançar ou não. acontece uma interpenetração, uma troca de sensações.
Portanto ao meu ver, para melhorar o corpo interno na DS, é preciso entender e aplicar o fator penetrante da dança.




Aí me pergunto, se melhorar meu corpo interno, será que é preciso melhorar meu corpo externo?


Um grande beijo para todos que comentam e em especial para minha linda Cacá, sem ela, essas reflexões não sairiam do mundo das idéias!

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Proxêmica

Há algum tempo tenho refletido sobre como a distância física interfere nas relações interpessoais. E é louco isso!
Por que será que quando nós entramos num ônibus ocupado por apenas um passageiro a nossa tendência é sentar o mais afastado possível dela? Por que o professor ao chegar na sala de aula, geralmente encontra os alunos ocupando as carteiras do fundo da sala? Por que os alunos de Dança de Salão se afastam tanto quando vamos demonstrar algum movimento no centro da sala?
Ao estudar Dança na FMH de Lisboa, deparei-me com um novo termo que falava justamente disso:
a PROXÊMICA
Esse termo foi citado pra mim pelo professor Daniel Tércio, mas foi criado por Edward T. Hall que definiu como o "conjunto das observações e teorias referentes ao uso que o homem faz do espaço enquanto produto cultural específico".
Hall demonstrou que a distância social entre os indivíduos pode ser relacionada com a distância física. Nesse sentido, menciona quatro tipos de distância: Distância íntima (0-45cm); Distância pessoal (45-120cm); Distância social (1,2-3,4m) e Distancia pública (acima de 3,5m).
Então temos palavra nova. E eu adoro palavras novas.
Já pensou em qual distância você se relaciona? Já pensou em qual distância sua arte se relaciona com seu expectador?

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Música da Semana

Foi no próprio show de Jorge Drexler que me chamou a atenção uma canção que ainda desconhecia. Não sei se o que de fato prendeu minha atenção foi o apelo visual da iluminação, ou a teatralidade da execução, ou o timbre de Drexler, ou o cheiro da Cacá ao meu lado, ou, ou, ou...

A questão é que na hora não tive tempo de conectar letra e melodia a ponto de já ter a certeza de que seria uma canção para rondar minhas favoritas.



Baseado no relato autobiográfico “El Pianista del Gueto de Varsovia” de Wladislaw Szpilman.





El Pianista del gueto de Varsovia
Jorge Drexler


Dos generaciones menos
dos generaciones más
Fechas, tan sólo fechas
Yo estoy aquí, tu estabas allá


El pico y la pala, el hielo en los dedos
te estás jugando las manos...
El mundo se muere y tu sigues vivo
porque recuerdas tu piano

Compás por compás, en el frío del gueto
vas repasando el nocturno en Dó Sostenido Menor de Chopin, en tu memoria

Si fueras tu nieto y yo fuera mi abuelo
quizás, tú contarías mi historia


Yo tengo tus mismas manos
Yo tengo tu misma historia
Yo pude haber sido el pianista del gueto de Varsovia


Dos generaciones menos,
dos generaciones más
Fechas, tan sólo fechas
Yo estoy aquí, tu estabas allá


Y el mundo no aprende nada,
es analfabeto y hoy suena tu piano,
solo que en otros guetos

Si yo estoy afuera y tu estabas adentro fue sólo cuestión de lugar y de momento
Yo tengo tus mismas manos
Yo tengo tu misma historia
Yo pude haber sido el pianista del gueto de Varsovia


Dos generaciones menos
dos generaciones más
Fechas, tan sólo fechas
Yo estoy aquí, tu estabas allá

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Qual é a consequência de uma dança?















São células em mutação, do início ao final. Entro um e saio outro. Nas palavras de Drexler:

"Antes de mí tu no eras tu,
antes de tí yo no era yo.
Antes de ser nosotros dos
no había ninguno de los dos."




_A foto é o resultado da consequência de uma dança. Cascais, Lisboa.

domingo, 22 de junho de 2008

domingo, 18 de maio de 2008

Fotos..













Eu e minha Tia Rô, no momento "carola" dela aqui na Europa. Ela falou que ia virar "carola"...
















Voltando da FMH com a Catarina "a pobre louca".. em segundo plano chuva e vidro estilhaçado..
















Mais uma noite no Bairro Alto! E que noite!...
Trio "Bairro Alto".. Tudo começa e termina lá.. Esses são os sobreviventes, na casa da Georgia, com muita chuva positiva...

quarta-feira, 9 de abril de 2008

O dia em que Júpiter encontrou Saturno.


"E de repente, o rock barulhento parou e a voz de John Lennon cantou every day, every way is getting better and better. Na cabeça dela soaram cinco tiros."


Fragmento do texto de Caio Fernando de Abreu, inspiração para o meu trabalho de PEC2. Como o corpo pode dançar com essas palavras?

sábado, 5 de abril de 2008

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Lisboa 25º !!

A temperatura subiu! Tirei meu casaco verde, minha blusa de lã laranja, meu caxecol listrado, minhas meias grossas do chinês, minha toca também listrada e minha ceroula minimal.

Coloquei minha calça jeans da C&A, minha camiseta do Pum, minhas havaianas brancas e meu óculos de sol.

O mundo parece ter mais cor agora e eu tenho mais disposição para estar na rotina.

Final de semana meu escritório é na praia. Fotossíntese e fixação de vitamina D. A farofa vai rolar solta na Costa da Caparica, se tudo der certo. Farofa lisboeta, com direito a bacalhau à Brás e algo mais.

Rock in Rio Lisboa, será?

Um beijo a quem entra e comenta. Quem entra e não comenta eu não comento... hehehe

quarta-feira, 5 de março de 2008

Benditas coisas que não sejam bem ditas.

Benditas coisas que eu não sei
Os lugares onde não fui
Os gostos que não provei
Meus verdes ainda não maduros
Os espaços que ainda procuro
Os amores que eu nunca encontrei
Benditas coisas que não sejam benditas

A vida é curta
Mas enquanto dura
Posso durante um minuto ou mais
Te beijar pra sempre o amor não mente, nãomente jamais
E desconhece do relógio o velho futuro
O tempo escorre num piscar de olhos
E dura muito além dos nossos sonhos mais puros
Bom é não saber o quanto a vida dura
Ou se estarei aqui na primavera futura
Posso brincar de eternidade agora
Sem culpa nenhuma

Mart’nália - Zélia Duncan

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Registros.

Cherem e eu. Ponte Luis I.
Eu meu amigo Ronaldo, momento descanso.

A beira da Ribeira no Porto.


Esse grupo deu o que falar!



Muxima Bar - PORTO













terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Missao Braga cumprida!

III Braga Latina, missao cumprida. Duas apresentacoes, um workshop de Salsa y Rumba. Foram dois finais de semana de trabalho, um no Porto e esse em Braga. Proximo final de semana, descanso merecido, para ai sim ter num final de semana o espetaculo Latin E-Motion na EDSAE, no outro o Congresso de Pamplona, e diz a lenda que vou ter que dar um workshop de kizomba falando o meu super espanhol de sotaque cordobes, e mais tarde o tao esperado Congresso de Madrid, com direito a Eddie Torres, Frankie Marinez, Neeraj Maskara, Tropical Gem e outros...

Um grande beijo!

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

São as novas!

Bom, bom.

Começo das aulas da facul. Pretendo cursar mais disciplinas do que no semestre passado. Veja bem, "pretendo"... O clima da FMH é muito bom, muito família.. Sou um dos únicos homens do curso de dança, então muita bajulação.. Inclusive das coordenadores.. eheheheh Com direito à impressão grátis, fotocópias, computador especial, e etc...

Mas nem por isso me dão regalias nos trabalhos e nas notas.. ok?! Muito estudo é necessário.

A FMH vai deixar saudades. Hoje, primeiro dia de aula, abracei todo mundo. O que é de se estranhar, pq aqui ninguém se abraça. E eu abraço mesmo, Free Hugs!!

EDSAE - coreografia nova, mistura Salsa e Conga (dança tipica do carnaval cubano), coreo é muito forte. Duas semanas de concepção e ensaios, amanha já a estreamos no Porto, no outro final de semana em Braga e mais tarde em Pamplona e Madrid.

E vem outras coreos por aí tb.. E a Cia agora são só dois pares.

Beijo grande pro meu Pai, pra minha Mãe, pra minha Irmã linda Nai. Pro Mariscal. Pra Tia Néia, pro Lê e pra Mari. Pro meu tio Salésio e pra toda a familia. E tb pro Victor.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008







Eu estou aqui.











domingo, 13 de janeiro de 2008

Madri e Paris!


Eu que reclamava tanto por estar trabalhando e estudando o dia todo, inclusive nos finais de semana. Que não tinha tempo pra fazer nada que não fosse dançar e ir pra faculdade. Que da Europa só conhecia o trajeto CASA - FMH - EDSAE.

Essas últimas semanas de dezembro e as primeiras de janeiro valeram mais que a recompensa.

Chegada da Cacá Caqui em Lisboa.

Passeios pelo litoral de Cascais ao Cais Sodré. Belém (com e sem pastéis), CCB, Museu Berardo e Arte Contemporânea na veinha.

Natal - muita comilança à portuguesa, bacalhau com natas a dar e vender, bolinhos de bacalhau e tudo mais com lhau. Presentinhos da família.

Ano Novo - muito trabalho na estréia do musical Salsa Swing Time na EDSAE. Toquei piano no musical e muitos pensavam que era uma gravação.

Dia 1º, disparada direta pra Madri. Museo del Prado, Museo Reina Sofia, Palácio Real e muito mais. Nesses dias, muitos Velasquez, Caravaggios, Bosches, Goyas, Mirós, Picassos, Dalís, Magrittes, e etc.. Guenta coração! É arte na veia! Cacá surtou! Não falava mais coisa com as calças.

Depois, destino Paris. Louvre, Pompidou, Arco do Triunfo, Torre Eiffel, Notre Dame, entre outros. De Da Vinci à Basquiat, com uma parada intensa em Arcimboldo. Paris é uma cidade sem noção! Meta pra 2008: aprender francês. Não vou mais admitir falar "Je ne parle france, do you speak english?".

Chegada em Lisboa, Luiz, Aline e Dani! Mais emoção, amigos em ação! Alfama e Castelo de São Jorge, porém minha rotina de trabalho volta ao normal.

Enfim, energias renovadas. Gás no tanque. Inspirações, suspirações, pirações, livros, amigos, gostos, cheiros de frutas... É 2008.

Bom ano à todos!